Castelo de Vide, Alentejo, Portugal
A Gastronomia
Depois da procissão inicia-se o almoço. Já se falou no Sarapatel e do modo como é confeccionado, mas outras iguarias com origem noutros tempos, chegam à mesa neste dia.
No segundo prato come-se o cachafrito, que não é mais do que carne de cordeiro cortada em pedaços. O cachafrito remonta à época da Inquisição, os estudiosos destes assuntos descobriram, no outro lado da fronteira, o cuschiqui que é um prato em tudo similar ao cachafrito que apareceu em Espanha logo a seguir à expulsão dos judeus imposta pelos Reis católicos.
Havia a necessidade de purificar a carne do animal que não tinha sido morto pelo método dos judeus, a degola. Para purificar a carne, que poderia ainda ter sangue, os judeus que foram obrigados a converterem-se ao cristianismo, ferviam as carnes antes de as fritarem, daí nasce o cachafrito que é confeccionado em dois tachos que estão lado a lado; num ferve-se a carne para logo a seguir se fritar.
Vem ainda à mesa neste dia os molhinhos com tomatada, mais uma vez as partes menos puras, as tripas do animal, desta vez atados em pequenos molhos com molho de tomate, mas estas tripas só são usadas depois de lavadas com cal. Neste dia nenhuma outra carne, para além, do cordeiro é servida.
Surgem depois os bolos da Páscoa, o folar, o bolo finto, as queijadas, as boleimas e os bolos da massa. O bolo da massa é nada mais que o Pão Ázimo, os pães que os judeus comem durante a Páscoa em memória da fuga de Israel. Conta a história que o povo Judeu fugiu da escravidão tão à pressa que não tiveram tempo para deixar o pão levedar, por isso o Pão Ázimo não leva fermento, que está interdito aos judeus durante a época da Páscoa.
O Bolo da Massa é um bolo que não tem açúcar e é confeccionado apenas com água, farinha, azeite e sal. Em Bragança esta mesma receita adquiriu o nome de Massa Sovada e nos Açores de Bolo Levedo. A este Bolo da Massa começaram mais tarde, por alturas festivas, a juntar açúcar, canela e doce de maçã, transformando-as nas tradicionais boleimas. O Bolo Finto e o Folar têm nesta região uma forma de cruz ou até mesmo de um Lagarto gravado, um réptil que os judeus abominam...
Depois da procissão inicia-se o almoço. Já se falou no Sarapatel e do modo como é confeccionado, mas outras iguarias com origem noutros tempos, chegam à mesa neste dia.
No segundo prato come-se o cachafrito, que não é mais do que carne de cordeiro cortada em pedaços. O cachafrito remonta à época da Inquisição, os estudiosos destes assuntos descobriram, no outro lado da fronteira, o cuschiqui que é um prato em tudo similar ao cachafrito que apareceu em Espanha logo a seguir à expulsão dos judeus imposta pelos Reis católicos.
Havia a necessidade de purificar a carne do animal que não tinha sido morto pelo método dos judeus, a degola. Para purificar a carne, que poderia ainda ter sangue, os judeus que foram obrigados a converterem-se ao cristianismo, ferviam as carnes antes de as fritarem, daí nasce o cachafrito que é confeccionado em dois tachos que estão lado a lado; num ferve-se a carne para logo a seguir se fritar.
Vem ainda à mesa neste dia os molhinhos com tomatada, mais uma vez as partes menos puras, as tripas do animal, desta vez atados em pequenos molhos com molho de tomate, mas estas tripas só são usadas depois de lavadas com cal. Neste dia nenhuma outra carne, para além, do cordeiro é servida.
Surgem depois os bolos da Páscoa, o folar, o bolo finto, as queijadas, as boleimas e os bolos da massa. O bolo da massa é nada mais que o Pão Ázimo, os pães que os judeus comem durante a Páscoa em memória da fuga de Israel. Conta a história que o povo Judeu fugiu da escravidão tão à pressa que não tiveram tempo para deixar o pão levedar, por isso o Pão Ázimo não leva fermento, que está interdito aos judeus durante a época da Páscoa.
O Bolo da Massa é um bolo que não tem açúcar e é confeccionado apenas com água, farinha, azeite e sal. Em Bragança esta mesma receita adquiriu o nome de Massa Sovada e nos Açores de Bolo Levedo. A este Bolo da Massa começaram mais tarde, por alturas festivas, a juntar açúcar, canela e doce de maçã, transformando-as nas tradicionais boleimas. O Bolo Finto e o Folar têm nesta região uma forma de cruz ou até mesmo de um Lagarto gravado, um réptil que os judeus abominam...