Este blog tem como finalidade mostrar algumas das minhas fotos da cidade de Elvas e de outros lugares por onde passo..., estando aberto a todas as pessoas que as desejem divulgar, respeitando evidentemente, os direitos do autor! BOA NAVEGAÇÃO!
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
JUDIARIA - CASTELO DE VIDE
Judiaria-Castelo de Vide-Alentejo-Portugal-Ruinha da Judiaria
São vários os documentos datados do século XV que testemunham a existência da comunidade judaica da vila. Próximo da Praça D. Pedro V, a zona da judiaria é um testemunho vivo disso. A judiaria desenvolveu-se na encosta virada a nascente. Ainda que estabelecido numa das zonas mais acidentadas, o bairro era atravessado por um eixo fundamental de comunicação do castelo com o exterior e vice-versa. Da Rua da Judiaria à Rua da Fonte ou da Ruinha da Judiaria há muitos exemplos da tradição milenar judaica de marcar a sua fé nas ombreiras das portas.
SINAGOGA JUDAICA - CASTELO DE VIDE
Judiaria-Castelo de Vide, Alentejo, Portugal
Ao longo dos tempos muitos foram os povos que habitaram a zona de Castelo de Vide, alguns deixaram antigas vilas de pedra, outras castelos e igrejas, mas o povo judeu deixou muito mais.
"É a parte mais íngreme, escura e húmida de Castelo de Vide", é desta maneira que Carolino Tapadejo, guardião dos segredos da Judiaria de Castelo de Vide, descreve a parte da vila que ainda hoje guarda as memórias de um povo por vezes mal amado.
São ruas estreitas que sobem e descem a colina escondida do sol. Nas ombreiras das portas estão gravados segredos que o tempo não apagou e a fonte da vila é uma lembrança viva daqueles tempos em que cristãos e judeus viviam em comunidade, num clima de tolerância que criou usos e costumes únicos no mundo.
Actualmente existe em Castelo de Vide uma fusão de culturas e religiões que, segundo os investigadores, é única no mundo. Os rituais da Páscoa, a gastronomia, a onomástica da população local são testemunhos vivos da importância que a comunidade judaica chegou a ter na região nos finais do século XV.
Segundo Carolino Tapadejo "o que existe em Castelo de Vide é o resultado de uma mistura de duas religiões e de duas culturas".
A semana da Páscoa é a maior evidência desta singular mistura de culturas. Do Domingo de Ramos, que é o domingo anterior à Páscoa, até à Sexta-feira Santa à tarde a, semana corre com relativa normalidade. Na Sexta-feira Santa à tarde inicia-se a Emulação do Cordeiro Pascal.
"É a parte mais íngreme, escura e húmida de Castelo de Vide", é desta maneira que Carolino Tapadejo, guardião dos segredos da Judiaria de Castelo de Vide, descreve a parte da vila que ainda hoje guarda as memórias de um povo por vezes mal amado.
São ruas estreitas que sobem e descem a colina escondida do sol. Nas ombreiras das portas estão gravados segredos que o tempo não apagou e a fonte da vila é uma lembrança viva daqueles tempos em que cristãos e judeus viviam em comunidade, num clima de tolerância que criou usos e costumes únicos no mundo.
Actualmente existe em Castelo de Vide uma fusão de culturas e religiões que, segundo os investigadores, é única no mundo. Os rituais da Páscoa, a gastronomia, a onomástica da população local são testemunhos vivos da importância que a comunidade judaica chegou a ter na região nos finais do século XV.
Segundo Carolino Tapadejo "o que existe em Castelo de Vide é o resultado de uma mistura de duas religiões e de duas culturas".
A semana da Páscoa é a maior evidência desta singular mistura de culturas. Do Domingo de Ramos, que é o domingo anterior à Páscoa, até à Sexta-feira Santa à tarde a, semana corre com relativa normalidade. Na Sexta-feira Santa à tarde inicia-se a Emulação do Cordeiro Pascal.
CASTELO DE VIDE
Castelo de Vide, Alentejo, Portugal
A Gastronomia
Depois da procissão inicia-se o almoço. Já se falou no Sarapatel e do modo como é confeccionado, mas outras iguarias com origem noutros tempos, chegam à mesa neste dia.
No segundo prato come-se o cachafrito, que não é mais do que carne de cordeiro cortada em pedaços. O cachafrito remonta à época da Inquisição, os estudiosos destes assuntos descobriram, no outro lado da fronteira, o cuschiqui que é um prato em tudo similar ao cachafrito que apareceu em Espanha logo a seguir à expulsão dos judeus imposta pelos Reis católicos.
Havia a necessidade de purificar a carne do animal que não tinha sido morto pelo método dos judeus, a degola. Para purificar a carne, que poderia ainda ter sangue, os judeus que foram obrigados a converterem-se ao cristianismo, ferviam as carnes antes de as fritarem, daí nasce o cachafrito que é confeccionado em dois tachos que estão lado a lado; num ferve-se a carne para logo a seguir se fritar.
Vem ainda à mesa neste dia os molhinhos com tomatada, mais uma vez as partes menos puras, as tripas do animal, desta vez atados em pequenos molhos com molho de tomate, mas estas tripas só são usadas depois de lavadas com cal. Neste dia nenhuma outra carne, para além, do cordeiro é servida.
Surgem depois os bolos da Páscoa, o folar, o bolo finto, as queijadas, as boleimas e os bolos da massa. O bolo da massa é nada mais que o Pão Ázimo, os pães que os judeus comem durante a Páscoa em memória da fuga de Israel. Conta a história que o povo Judeu fugiu da escravidão tão à pressa que não tiveram tempo para deixar o pão levedar, por isso o Pão Ázimo não leva fermento, que está interdito aos judeus durante a época da Páscoa.
O Bolo da Massa é um bolo que não tem açúcar e é confeccionado apenas com água, farinha, azeite e sal. Em Bragança esta mesma receita adquiriu o nome de Massa Sovada e nos Açores de Bolo Levedo. A este Bolo da Massa começaram mais tarde, por alturas festivas, a juntar açúcar, canela e doce de maçã, transformando-as nas tradicionais boleimas. O Bolo Finto e o Folar têm nesta região uma forma de cruz ou até mesmo de um Lagarto gravado, um réptil que os judeus abominam...
Depois da procissão inicia-se o almoço. Já se falou no Sarapatel e do modo como é confeccionado, mas outras iguarias com origem noutros tempos, chegam à mesa neste dia.
No segundo prato come-se o cachafrito, que não é mais do que carne de cordeiro cortada em pedaços. O cachafrito remonta à época da Inquisição, os estudiosos destes assuntos descobriram, no outro lado da fronteira, o cuschiqui que é um prato em tudo similar ao cachafrito que apareceu em Espanha logo a seguir à expulsão dos judeus imposta pelos Reis católicos.
Havia a necessidade de purificar a carne do animal que não tinha sido morto pelo método dos judeus, a degola. Para purificar a carne, que poderia ainda ter sangue, os judeus que foram obrigados a converterem-se ao cristianismo, ferviam as carnes antes de as fritarem, daí nasce o cachafrito que é confeccionado em dois tachos que estão lado a lado; num ferve-se a carne para logo a seguir se fritar.
Vem ainda à mesa neste dia os molhinhos com tomatada, mais uma vez as partes menos puras, as tripas do animal, desta vez atados em pequenos molhos com molho de tomate, mas estas tripas só são usadas depois de lavadas com cal. Neste dia nenhuma outra carne, para além, do cordeiro é servida.
Surgem depois os bolos da Páscoa, o folar, o bolo finto, as queijadas, as boleimas e os bolos da massa. O bolo da massa é nada mais que o Pão Ázimo, os pães que os judeus comem durante a Páscoa em memória da fuga de Israel. Conta a história que o povo Judeu fugiu da escravidão tão à pressa que não tiveram tempo para deixar o pão levedar, por isso o Pão Ázimo não leva fermento, que está interdito aos judeus durante a época da Páscoa.
O Bolo da Massa é um bolo que não tem açúcar e é confeccionado apenas com água, farinha, azeite e sal. Em Bragança esta mesma receita adquiriu o nome de Massa Sovada e nos Açores de Bolo Levedo. A este Bolo da Massa começaram mais tarde, por alturas festivas, a juntar açúcar, canela e doce de maçã, transformando-as nas tradicionais boleimas. O Bolo Finto e o Folar têm nesta região uma forma de cruz ou até mesmo de um Lagarto gravado, um réptil que os judeus abominam...
RUA PARA A JUDIARIA - CASTELO DE VIDE
Castelo de Vide, Alentejo, Portugal
Lentamente ocorre a expansão urbana fora das muralhas do castelo, ainda durante o século XIV. As condições da encosta Sul, com boa exposição solar e um declive mais suave, em detrimento das vertentes Norte e Oeste, mais escarpadas e ventosas, determinaram a expansão deste arrabalde. A fundação de várias igrejas e ermidas extramuros estabeleceram com o castelo eixos preferenciais de estruturação da paisagem. Assim aconteceu com o eixo de comunicação que desde a entrada do castelo procurou encosta abaixo a ermida de Santa Maria, fundada em 1311 no local da actual Matriz. Este eixo foi certamente uma das mais antigas vias de expansão, estabelecendo ainda a separação entre as duas vertentes da encosta e também entre o outro arrabalde onde a nascente, a fonte de água, já utilizada pelos habitantes do burgo em tempo de paz, determinou a expansão urbana para esta vertente, compensando assim, os declives mais acentuados e a exposição solar menos privilegiada. Não se sabe ao certo se um dos arrabaldes terá surgido primeiro que o outro, mas o mais provável será terem-se desenvolvido na mesma época vindo este a ser paulatinamente utilizado pelos judeus que de Castela e Aragão procuravam refúgio após a sua expulsão do reino vizinho. Muitos se terão estabelecido em Castelo de Vide por estar próxima da fronteira e da portagem de Marvão, fazendo aumentar a comunidade judaica aqui existente e certamente contribuindo para o desenvolvimento que iria caracterizar a Vila.
www.memoriaportuguesa.com/historia-de-castelo-de-vide
www.memoriaportuguesa.com/historia-de-castelo-de-vide
JANELA DE ANTIGA PRISÃO - CASTELO DE VIDE
Castelo de Vide, Alentejo, Portugal
Sabe-se por Rui de Pina que, em 1299, Castelo de Vide era ainda "lugar etã maís chão q forte" ainda que desde essa data seja apelidado de "Castel da Vide" e que Afonso Sanches, filho de D. Afonso III, iniciou obras de reconstrução das muralhas que foram continuadas pelo seu irmão, D. Dinis , ficando finalmente concluídas no reinado de D. Afonso IV.
Estes melhoramentos dotavam esta praça de melhores condições defensivas alargando a cintura de muralhas, abrangendo o poço inicialmente de fora protegendo a sua entrada que era feita pelo interior do burgo. Uma linha de novas muralhas englobou a cidadela e o aglomerado populacional que já se havia estabelecido fora dela. Foi construída uma importante torre de menagem, periférica e saliente relativamente aos muros, para melhor defender o lado Sul, de mais fácil acesso e ataque. Todos estes reforços no sistema defensivo são indicativos da crescente importância que Castelo de Vide representava em termos estratégicos, tendo o s seus muros experimentado as máquinas de guerra e os assédios durante os conflitos com Castela, em que o nosso país foi fértil durante a Idade Média, como na manutenção municipalidade, adquirida em 1276 quando Castelo de Vide se libertou do termo de Marvão para formar o seu próprio concelho.
www.memoriaportuguesa.com/historia-de-castelo-de-vide
Estes melhoramentos dotavam esta praça de melhores condições defensivas alargando a cintura de muralhas, abrangendo o poço inicialmente de fora protegendo a sua entrada que era feita pelo interior do burgo. Uma linha de novas muralhas englobou a cidadela e o aglomerado populacional que já se havia estabelecido fora dela. Foi construída uma importante torre de menagem, periférica e saliente relativamente aos muros, para melhor defender o lado Sul, de mais fácil acesso e ataque. Todos estes reforços no sistema defensivo são indicativos da crescente importância que Castelo de Vide representava em termos estratégicos, tendo o s seus muros experimentado as máquinas de guerra e os assédios durante os conflitos com Castela, em que o nosso país foi fértil durante a Idade Média, como na manutenção municipalidade, adquirida em 1276 quando Castelo de Vide se libertou do termo de Marvão para formar o seu próprio concelho.
www.memoriaportuguesa.com/historia-de-castelo-de-vide
PORTA ANTIGA DA MURALHA - CASTELO DE VIDE
www.seleccoes.pt/castelo-de-vide-entre-crist%C3%A3os-e-ju...
RUA TÍPICA DE CASTELO DE VIDE
Antigos Paços do Concelho
É uma casa do séc XV, conhecida por Casa da Câmara.
Está situada dentro do recinto do Burgo Medieval. Esta casa é de uma grande simplicidade, a entrada faz-se por uma pequena escada exterior em granito, tem uma só janela e está assente sobre um arco ogival com aparelhagem de granito talhado.
www.cm-castelo-vide.pt/monumentos.htm
Antigos Paços do Concelho
É uma casa do séc XV, conhecida por Casa da Câmara.
Está situada dentro do recinto do Burgo Medieval. Esta casa é de uma grande simplicidade, a entrada faz-se por uma pequena escada exterior em granito, tem uma só janela e está assente sobre um arco ogival com aparelhagem de granito talhado.
www.cm-castelo-vide.pt/monumentos.htm
É uma casa do séc XV, conhecida por Casa da Câmara.
Está situada dentro do recinto do Burgo Medieval. Esta casa é de uma grande simplicidade, a entrada faz-se por uma pequena escada exterior em granito, tem uma só janela e está assente sobre um arco ogival com aparelhagem de granito talhado.
www.cm-castelo-vide.pt/monumentos.htm
Antigos Paços do Concelho
É uma casa do séc XV, conhecida por Casa da Câmara.
Está situada dentro do recinto do Burgo Medieval. Esta casa é de uma grande simplicidade, a entrada faz-se por uma pequena escada exterior em granito, tem uma só janela e está assente sobre um arco ogival com aparelhagem de granito talhado.
www.cm-castelo-vide.pt/monumentos.htm
terça-feira, 2 de outubro de 2012
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