sexta-feira, 19 de outubro de 2012

IGREJA DE S. MARIA DE ALCÁÇOVA - ELVAS


De construção original ducentista assentou sobre o mesmo local onde antes existia uma mesquita. Ao longo dos tempos sofreu sucessivas modificações (sec. XVI, XVII, XVIII e XIX) e chegou a ser cabeça de uma comenda da Ordem de Avis. Ao que parece esta igreja teria 4 naves interiores (?), formando um quadrado, tipo mesquita, destruído com a construção da rua situada à direita da mesma.
A sua fachada de traço simples, sem frontão, composta por 3 portas de verga lisa encimadas por três janelões de igual tipologia. Sobre a cimalha tem um nicho com uma imagem de N. Sra. Da Piedade datável do sec. XV. Ainda no exterior destaque para a fachada direita, onde se podem observar quatro ameias chanfradas do sec. XVI.
O interior de três naves com abobada de canhão com 4 tramos suportada por colunas octogonais de cantaria aparelhada. A Capela Mor, hoje escondida por uma construção do sec. XX, e, observável nas traseiras de tal muro, é bastante simples com retábulo por dourar do sec. XVIII. Completam o templo 4 altares, dos quais destaca o do lado do Evangelho com retábulo oitocentista.
Destaque também para a pintura da Adoração dos Pastores na Capela Baptismal onde se pode observar uma das mais antigas representações da antecessora da Guitarra Portuguesa, um cistro, instrumento que figura nas mãos de um dos anjos na tela seis ou setecentista...

 

PALACETE DOS MELLOS - ELVAS


CASA PERTENCENTE AO CABIDO, RUA DE ÉVORA - ELVAS


MACE, MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE ELVAS


RUA DA CADEIA - ELVAS


LARGO DA MISERICÓRDIA, D. MANUEL I

 
 
Neste mesmo ano de 1512, D. Manuel concedeu foral a muitas outras terras para além de Elvas, os chamados forais novos, como por exemplo a Mirandela, Campo Maior, Niza, Celorico da Beira, Marvão, Ouguela, Olivença, etc., etc. Não se pode dizer portanto, que este facto tenha tido uma importância especial para a nossa terra.
Não foi o foral, que Elvas já tinha desde 1229, dado por D. Sancho II, o facto importante, mas sim a elevação de Elvas à categoria de cidade, tanto mais, que em todo o alentejo só Évora gozava de tal estatuto. Beja obteve-o depois, assim como Portalegre. Mas isso foi só em 1513.
Por outro lado, o que passou a dizer diz no pedestal "Deu foral a esta cidade / 1512" está errado, porque em 1512 Elvas ainda não era cidade, só o foi em 1513.

 

LARGO 25 DE ABRIL - ELVAS


CENTRO DA CIDADE - ELVAS


PASSOA DA VIA SACRA, RUA DE ALCAMIN - ELVAS


BRASAO DE ARMAS DESCANSANDO NUMA PAREDE - ELVAS


FONTE DE S. BÁRBARA ,FACEIRA DA CISTERNA - ELVAS


AV. DE BADAJOZ - ELVAS


LARANJAS


FONTE CENTENÁRIA - ESTRADA S. RITA, ELVAS


Outra das muitas fontes abandonadas...é de lamentar o mau estado em que se encontram e a falta de atenção e o vandalismo a que estão votadas...!
 

FONTE DO GORGULHÃO - ELVAS


Pequena fonte situada na Estrada de Santa Rita construída ainda no séc. XVII e reparada e modificada logo no século seguinte em 1738 e em 1744. Situava-se então a fonte junto à Quinta do Bispo e à Igreja de São Sebastião que hoje já não existe...
Pena que não se recuperem estas fontes tão importantes para a história da cidade...
 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

RUA DOS CAVALEIROS


Construída na última década do séc. XVII no final da rua que lhe dá o topónimo. Sofreu várias transformações posteriores. Entre as quais podemos destacar a de 1864-65 quando lhe foi implantado um painel de azulejos com as armas da cidade, o qual primeiramente se destinava ao Aqueduto da Amoreira...
 

CISTERNA - ELVAS


Quando chegamos ao ano de 1641 Elvas vê-se na frente de combate para enfrentar o perigo espanhol. As necessidades de defesa urgiam e alguns engenheiros militares que se deslocaram à cidade para a construção de muralhas e quartéis puseram a hipótese de derrubar o Aqueduto da Amoreira por constituir um verdadeiro entrave à construção das novas muralhas. É neste contexto de perda do aqueduto que Martinho Afonso de Melo, Conde de São Lourenço ordena a construção de um enorme depósito de água à prova de bomba que pudesse abastecer a população por vários meses. Este depósito ficaria ligado à cisterna por um cano subterrâneo através do fosso. O seu traço é da autoria de Nicolau de Langres e principiou a construção no ano de 1650. George Borrow na sua visita a Portugal em 1835 considera a cisterna de Elvas como a maior do mundo. A sua função manteve-se até hoje viva e inalterada. A cisterna consiste num edifício abobadado com um reservatório com a capacidade de 2320 m3 para o qual se desce através de uma escada de 26 degraus. Lá em baixo encontramos três vácuos com 58 metros de comprimento, 5 de largura e 8 de altura. No exterior contem uma fonte com um tanque e 4 bicas encimadas por mármore.