terça-feira, 9 de outubro de 2012

IGREJA DO SALVADOR


Edifício de planta rectangular composto por igreja e corpo colegial adossado, onde está instalada a Biblioteca Municipal desde 1880, partilhando este espaço até 2005 com o Museu da Cidade.
É neste local que existia a antiga capela dedicada a S. Tiago e onde se vieram a instalar os Jesuítas após doação deste templo à Companhia de Jesus, para ali se edificar um templo. O colégio é uma disposição testamentaria de D. Aldonça da Mota. A Igreja de S. Tiago, orago original deste templo, é inaugurada a 17 de Agosto de 1692.
O edifício que se enquadra no modelo jesuíta de construção, apresentando a igreja um frontão acentuado com óculo, duas ordens de janelões e três pórticos, sendo os laterais idênticos e o principal com frontão interrompido sobre o qual apresenta medalhão decorado com lançaria e festões com inscrição fundadora. Completa a fachada duas torres iguais de quatro olhais.O interior, de uma só nave com abobada de canhão, apresenta capela-mor, dois altares colaterais e outros quatro no corpo da igreja. De salientar sobre o arco triunfal, no tímpano, o nicho central com a figura de S. Tiago rodeada pela alegoria da árvore geneologica da Companhia de Jesus. Ainda no corpo do templo encontram-se dois pulpitos fronteiros em mármore de várias cores. Do lado do Evangelho encontram-se a capela de São Francisco Xavier e a de Santa Bárbara; do lado da Epístola a capela de Santo António e a do Sagrado Coração de Jesus. Sobre a porta encontram-se o coro alto.
O Colégio organiza-se em dois pisos ao redor de pátio rectangular: o piso térreo tem acesso principal pelo alpendre, situado na fachada principal, comunicando directamente com a antiga Portaria do colégio com guarda-vento de madeira e vidro, cobertura em abóbada de berço arrancando de sanca e silhar de azulejos azuis e brancos, que se repete nas outras salas deste piso, que por sua vez dá acesso a sala adjacente, e à ala que contorna o pátio...






 

JARDIM DAS LARANJEIRAS - ELVAS



 

PASSOS DO CONCELHO - ELVAS


PRAÇA DA REPÚBLICA - ELVAS

As obras de abertura da praça, iniciadas em 1511, foram realizadas no contexto de grandes melhoramentos promovidos durante o reinado de Manuel I de Portugal (1495-1521), quando a povoação foi elevada à categoria de cidade. Os planos para criar uma nova praça eram antigos, datando de 1477 um documento da Câmara Municipal que afirma que o antigo centro da vila - uma praça localizada nos Cantos da Carreira - era "indigna" da povoação.
A partir de 1517 foi erguida na praça - chamada então "Praça Nova" - a Igreja de Nossa Senhora da Assunção, desenhada por Francisco de Arruda no estilo vigente na época, o manuelino. Esta igreja, cuja construção durou todo o século XVI, foi elevada ao rango de catedral e serviu como Sé de Elvas até 1882, quando a diocese foi dissolvida. Em 1538 foram transferidos a um edifício da praça os novos Paços do Concelho, construído junto à muralha da época muçulmana. A Praça Nova era, assim, o centro religioso e administrativo de Elvas, além de ser o local onde eram realizadas feiras e touradas.
Em 1886 passa a chamar-se "Praça do Príncipe D. Carlos" e em 1910 passa a "Praça da República". Hoje é um local de passagem obrigatória para o turista que visita a cidade.
É na Praça da República que se encontra também desde 2007 um parque de estacionamento subterrâneo... É nesta praça que se encontra também a Câmara Municipal, o Posto de Turismo... a Aquelvas, o Centro da Juventude, além também da Universidade Sénior e da Loja Ponto Já, e diversos cafés, lojas e escritórios...
 

NASCEU NO PASSEIO


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

JARDIM - CASTELO DE VIDE


CASTELO DE VIDE


FONTE - CASTELO DE VIDE


VISTA DA REGIÃO - CASTELO DEVIDE

Castelo de Vide, Alentejo, Portugal

Castelo de Vide irrompe numa fresca colina da Serra de São Mamede, por entre as densas matas de oliveiras e soutos. A airosa vila, já chamada de "Sintra do Alentejo", é um museu vivo que concentra relíquias seculares de inolvidável beleza. A mais antiga referência escrita conhecida sobre a povoação data de 1273, mas há autores que defendem que terá sido Pedro Annes que, em 1180, lhe outorgou o primeiro foral, seguindo-se-lhe em 1310 o de D. Dinis, que mandou construir o castelo, e posteriormente o de D. Manuel I. Conhecida pelos inúmeros monumentos do passado, entre os quais se encontram valiosos vestígios arqueológicos da Pré-História e Alta Idade Média, dezenas de igrejas, encantadoras vielas que conservam o maior e mais belo núcleo de portas góticas em Portugal, Castelo de Vide dispõe também do privilégio de ser um dos mais reconhecidos centros termais de Portugal, possuir um clima ameno e situar-se perto da Barragem da Póvoa, um importante pólo de atracção turística a acrescer a esta vila cuidadosamente preservada...

VISTA DESDE AS MURALHAS


PRAÇA D. PEDRO V - CASTELO DE VIDE

Castelo de Vide, Alentejo, Portugal-Praça D.PedroV

Igreja de Santa Maria da Devesa

Esta igreja é a Matriz. A sua construção teve início em 1789, no local onde existiria uma pequena capela, fundada em 1311 por Lourenço Pires e sua mulher. Concluí-se por volta de 1873. É um templo vastíssimo, porventura o maior do Alto Alentejo.
A igreja de Santa Maria da Devesa está situada no extremo Oeste da Praça D. Pedro V. O edifício orienta-se para Sul, serve-lhe de acesso um lanço de escadarias, deitando para um adro vedado por gradeamento de ferro, com pilastras de granito, o qual contorna todo o monumento pelo lado Sul.
Esta igreja é constituída por um conjunto de sete volumes: nave, capela-mor, transepto, duas torres sineiras e duas sacristias.
A nave é rectangular, todo o espaço interno está dividido em quatro tramos, separados por pilastras pintadas. O tecto é em abóbada de berço, também dividida em tramos por arcos torais. No primeiro tramo junto á entrada principal, ergue-se o coro, no sub-coro o tecto é em abóbada de arestas.
www.cm-castelo-vide.pt/igrejas.htm
Diversos são os monumentos e locais da interesse da vila, destacando-se o alto do seu Castelo e os bonitos panoramas, mas também a “Judiaria”, um dos exemplos mais importantes e bem preservados da presença judaica em Portugal, remontando ao século XIII, preservando-se aqui igualmente um dos maiores espólios de arquitectura civil do período gótico. A Judiaria ainda preserva a Sinagoga, as janelas e portas ogivais das habitações e as portas da oficina ou comércio, algumas decoradas com símbolos profissionais.
Na majestosa Praça D. Pedro V encontra-se a Igreja de São João Baptista, o Hospital, instalado na casa onde nasceu o estadista Mouzinho da Silveira, a igreja Matriz e a Câmara Municipal e entende-se o encanto da Vila, pintada de branco e embelezada por várias casas senhoriais e brasonadas que respiram história.
Próximo, e a não perder, é o Monte onde se situa a Capela de Nossa Senhora da Penha e de onde tem uma outra perspectiva da vila.
Castelo de Vide é uma vila alentejana de tradições bem mantidas, bem orgulhosa das suas festas populares, muito acarinhadas e intensamente vividas pela população local, como acontece na Páscoa e no Carnaval.
A Gastronomia do concelho é também rica e tradicionalmente Alentejana, merecendo destaque pratos como o Sarapatel (prato elaborado com as vísceras de borrego ou cabrito), o ensopado de cabrito ou as migas com entrecosto, assim como os variados licores produzidos na região...

CASA DO ARÇÁRIO - CASTELO DE VIDE

Judiaria-Casa do Arçário-Castelo de Vide-Alentejo

Casa do Arçário
É de tradição dizer-se que esta casa era do indivíduo que tinha a seu cargo e responsabilidade a arca (caixa forte) e é talvez daí que deriva o termo Arçário.
Na arca guardava as receitas provenientes das cobranças dos impostos que eram feitas aos judeus.
Fica situada no Arçário, dentro da zona da Judiaria.

CASA ONDE NASCEU SALGUEIRO MAIA - CASTELO DE VIDE


EM CASTELO DE VIDE


CAMPAINHAS - CASTELO DE VIDE


ENTRADA PRINCIPAL PARA O CASTELO - CASTELO DEVIDE

Castelo de Vide, Alentejo, Portugal

O castelo de Castelo de Vide, poderá ter sido reconquistado aos árabes por D. Afonso Henriques, apesar de só por volta de 1232, esta povoação aparecer devidamente referenciada.
A importância deste castelo levou a alguns conflitos, nomeadamente entre os filhos de D. Afonso III, já que este monarca doou o castelo ao infante D. Afonso, que começou a reforçar as suas defesas, acto que seu irmão, o rei D. Dinis, achou suspeito, pelo que cercou o castelo e foi a intervenção do reino de Aragão que pôs fim à contenda.
D. Afonso IV, em 1327, conforme inscrição sobre uma das portas, mandou reforçar as defesas do castelo e sob o reinado de D. Fernando, é entregue à Ordem de Avis.
À semelhança de muitas outras fortalezas, durante a Guerra da Restauração, depois de 1640, foram-lhe introduzidas alterações para a utilização de artilharia. Alguns anos depois é alargada a sua estrutura defensiva e construído o Forte de São Roque.
As guerras com Espanha e as invasões francesas, causaram grandes danos e esta posição militar foi desactivada. O castelo está classificado como Monumento Nacional, conserva as muralhas e torres, a Torre de Menagem e no exterior existem ainda parte das muralhas da vila e os edifícios dos aquartelamentos...

ZONA OESTE DE CASTELO DE VIDE

Castelo de Vide, Alentejo, Portugal

A chegada dos Judeus a Castelo de Vide
Em 1492, os Reis cristãos expulsaram os judeus do território espanhol, muitos foram os que escolheram as cidades fronteiriças do Norte Alentejano, onde já existiam desde o século III comunidades judaicas, para recomeçar as suas vidas.
Devido à sua proximidade com o território vizinho, Castelo de Vide foi uma das mais importantes comunidades da altura, muitos judeus viram na proximidade com Espanha uma oportunidade de poder continuar a praticar a sua actividade preferida: o comércio.
Os judeus viveram relativamente em paz no nosso país. D. Manuel I chegou a conceder-lhes vários privilégios, e acolheu mesmo alguns Judeus cultivados na sua corte.
Mas em 1496, na sequência das negociações entre a coroa Portuguesa e a coroa Castelhana para a realização do casamento entre D. Manuel e a Princesa D. Isabel, os judeus são expulsos do território por ordem régia, aqueles que ficaram foram obrigados a negarem as suas raízes religiosas e a converterem-se ao cristianismo.
Muitas foram as maneiras que os chamados cristãos-novos arranjaram para esconder as suas crenças religiosas, mascarando os seus rituais com as crenças cristãs.
As comunidades judaicas deixaram marcas na população de Castelo de Vide. Estas marcas são mais do que a judiaria e a sinagoga: podemos encontrá-las na gastronomia, nos festejos da Páscoa, que é a festa religiosa mais importante para os judeus, e nos nomes das famílias locais, muitas delas descendentes de antigas famílias judaicas obrigadas a converterem-se ao cristianismo.

VISTA DAS MURALHAS - CASTELO DE VIDE


JUDIARIA - CASTELO DE VIDE

Judiaria-Castelo de Vide-Alentejo-Portugal-Ruinha da Judiaria

São vários os documentos datados do século XV que testemunham a existência da comunidade judaica da vila. Próximo da Praça D. Pedro V, a zona da judiaria é um testemunho vivo disso. A judiaria desenvolveu-se na encosta virada a nascente. Ainda que estabelecido numa das zonas mais acidentadas, o bairro era atravessado por um eixo fundamental de comunicação do castelo com o exterior e vice-versa. Da Rua da Judiaria à Rua da Fonte ou da Ruinha da Judiaria há muitos exemplos da tradição milenar judaica de marcar a sua fé nas ombreiras das portas.

SINAGOGA JUDAICA - CASTELO DE VIDE

Judiaria-Castelo de Vide, Alentejo, Portugal

Ao longo dos tempos muitos foram os povos que habitaram a zona de Castelo de Vide, alguns deixaram antigas vilas de pedra, outras castelos e igrejas, mas o povo judeu deixou muito mais.
"É a parte mais íngreme, escura e húmida de Castelo de Vide", é desta maneira que Carolino Tapadejo, guardião dos segredos da Judiaria de Castelo de Vide, descreve a parte da vila que ainda hoje guarda as memórias de um povo por vezes mal amado.
São ruas estreitas que sobem e descem a colina escondida do sol. Nas ombreiras das portas estão gravados segredos que o tempo não apagou e a fonte da vila é uma lembrança viva daqueles tempos em que cristãos e judeus viviam em comunidade, num clima de tolerância que criou usos e costumes únicos no mundo.
Actualmente existe em Castelo de Vide uma fusão de culturas e religiões que, segundo os investigadores, é única no mundo. Os rituais da Páscoa, a gastronomia, a onomástica da população local são testemunhos vivos da importância que a comunidade judaica chegou a ter na região nos finais do século XV.
Segundo Carolino Tapadejo "o que existe em Castelo de Vide é o resultado de uma mistura de duas religiões e de duas culturas".
A semana da Páscoa é a maior evidência desta singular mistura de culturas. Do Domingo de Ramos, que é o domingo anterior à Páscoa, até à Sexta-feira Santa à tarde a, semana corre com relativa normalidade. Na Sexta-feira Santa à tarde inicia-se a Emulação do Cordeiro Pascal.