sexta-feira, 12 de outubro de 2012

DEPOIS DA CHUVA


AZUL BEBÉ


ALQUEVA

Alqueva é uma freguesia portuguesa do concelho de Portel, com 79,20 km² de área e 329 habitantes (2011) correspondente a uma densidade populacional de 4,2 habitantes por km².
O nome da Barragem do Alqueva tem origem na aldeia de Alqueva. Em Alqueva está também localizada a maior criação de avestruzes de Portugal.

Resumo Histórico

A Freguesia de Alqueva pertence ao concelho de Portel, no distrito de Évora, dista da sede concelhia aproximadamente 19 quilómetros e tem por orago S. Lourenço.
O topónimo "Alqueva" deriva de "alqueive" que significa "terra de pousio" ou "deserta" — o que de facto está em conformidade com as características geológicas da freguesia, de solo muito seco e áspero, devido à escassez de água, sendo este problema um dos maiores obstáculos ao seu desenvolvimento.
Nada de definitivo se pode afirmar acerca do povoamento desta freguesia, pelo menos antes do século XII, pois não possui muitas marcas históricas. Só a relativa proximidade de Marmelar, com os vestígios de um templo religioso muito anterior à nacionalidade — mais exactamente cerca da época visigótica — levam a crer o possível povoamento de Alqueva nesse período, assim como o seu topónimo "Alqueva", porque já não parece novo nos meados do século XIII.
Todavia, é certo que a freguesia terá passado por uma fase de desertificação, aquando a chegada dos muçulmanos, para recuperar depois da fundação da Nacionalidade.
Em 1262, é escrito o primeiro documento referente à freguesia, que salientava a paróquia de S. Lourenço; em 1285, surge um segundo documentos escrito, desta vez referente à cessão do território de Portel ao prócer D. João de Portel.
Em termos eclesiásticos, Alqueva foi um curato da apresentação do arcebispo de Évora; o pároco local tinha um rendimento de três moios e meio de pão terçado de cevada e trigo. Juridicamente, governava-se por um juiz de vintena, posto pelo senado da Câmara da vila de Portel.
A Freguesia está recheada de monumentos e vestígios arqueológicos que fazem actualmente parte do seu património cultural, e dos quais se destacam:
  • A igreja matriz;
  • A capela de Santo António;
  • O marco da Pena Ventosa;
  • Os vestígios de sepulturas megalíticas;
  • As pocilgas das Barraqueiras; e
  • O marco geodésico.
O Outeiro dos Castelos, o local da construção da barragem e a zona de lazer natural, constituem os locais de maior interesse turístico na freguesia...
 

ARTESANATO ALENTEJANO


O artesanato utilitário do Alentejo combina os recursos locais e os saberes tradicionais, destinando-se exclusivamente à satisfação das necessidades da comunidade rural. É o caso do abegão e do tanoeiro, do oleiro, do latoeiro/arameiro, do cadeireiro e do empalhador de garrafões, do esteireiro de Casebres; dos cesteiros, etc, etc...
Os cestos em fibras vegetais foram os recipientes utilizados no transporte de materiais sólidos até à generalização do plástico. Nesta função, assumiam vantagens sobre a bilha de barro ou a celha de madeira, por serem mais leves e inquebráveis.

Para além da representação caricatural de personagens e tipos do meio rural em barro (o médico ou o vizinho; o baile ou a tourada) e da arte criada pelos pastores locais, minuciosa e satírica, as artes de embelezamento estão também presentes nesta região – estes trabalhos manuais contribuem para criar na casa alentejana maior comodidade e harmonia. É o caso das rendas de gancho e agulha, das mantas de retalhos e das molduras em cortiça, das garrafas, bilhas e potes revestidos de cortiça natural.
 

APANHA DA AZEITONA - ELVAS


Nos últimos anos, as máquinas têm substituído o homem na apanha da azeitona, com as tradicionais varas e lonas a darem lugar às máquinas vibradoras multi-direccionais que, em um dia, fazem o mesmo trabalho de 20 pessoas. Este é um processo que atravessa Portugal, com especial ênfase nas principais regiões olivícolas como são Trás-os-Montes, Beira Interior ou Alentejo.
Quase 50%  por cento já mecanizado, enquanto que a outra metade ainda é produzido nos moldes tradicionais. A falta de mão-de-obra e os custos a ela associada foi uma das razões que incentivaram a mecanização neste território onde é produzido azeite de Denominação de Origem Protegida mundialmente premiado. Os métodos tradicionais de tratamento foram ultrapassados e que, os novos olivais, já obedecem a uma métrica sete por sete e uma poda diferente que permite «aumentar a mecanização» do sector olivícola alentejano...
No Alentejo, a mecanização tem ganho «terreno» na colheita da azeitona, mas muitos não dispensam ainda o «saber fazer» de trabalhadores, que «varejam» oliveiras desde os «16 ou 17 anos». «Há menos emprego, porque as máquinas vêm tirar um bocado de trabalho. Mas ainda vai havendo alguma coisa», afirmou, admitindo que o ofício, «muito duro», é o ganha-pão da família.
É de  realçar que a mecanização já tem uma «expressão considerável», sobretudo nos novos olivais intensivos e super intensivos. Mas, nos «cerca de 165 mil hectares de olival» que se estima existirem na região, «há muita colheita mista, com máquinas e trabalhadores».
Três máquinas cavalgadoras, que podem recolher diariamente «mais de 100 toneladas de azeitona», fazem o trabalho que, noutros tempos, empregaria «200 ou 300 pessoas».
 

OLARIA


A Olaria é um verdadeiro atelier de arte que produz louças regionais do Alentejo feitas e pintadas à mão. É uma arte que não admite curiosos, só profissionais com uma experiência mínima de 8 anos. Este é o tempo necessário para formar um bom oleiro, o homem que molda manualmente as peças de barro, ou uma pintora, a mulher que decora com traços delicados todas as peças feitas pelo oleiro...
Como todo o processo de execução é manual, impossibilita que se façam 2 peças iguais, o que resulta numa produção de peças todas elas únicas.
Todas as peças podem ser lavadas em máquina e suportam temperaturas de até 150ºC. Não devem sofrer choques térmicos, nem ser colocadas diretamente sobre a chama do fogão...
 

DEPOIS DA TEMPESTADE

 
Há momentos na vida em que as situações se tornam tão complicadas, tão dolorosas, que nossa tendência é acreditar e, principalmente sentir, que nunca saíremos daquilo. Vem a angúsita, o desespero, o medo, enfim uma multidão de sentimentos, que se não cuidamos tomam conta de nós e trazem prejuízos ainda maiores. pois acabamos por agir por impulso.
Contudo, se na hora da dor aprendemos a não tomar decisão, a esperar a poeira a baixar, a emoção se acalmar, a chance da acção ser acertiva é muito maior. Esperar é angustiante, mas viver as consequências pode ser ainda pior.
O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem ao amanhecer. Entendo esta passagem como um sinal de esperança, de que não há situação que não passe. A vida sempre dá voltas, assim vale a pena esperar...
 

GRAFFITI


ERMIDA DE N. S. DA NAZARÉ



 

AQUEDUCTO DA AMOREIRA - ELVAS


O Aqueduto da Amoreira liga o local da Amoreira à cidade de Elvas. Tem 843 arcos com mais de cinco arcadas e torres de 30 m de altura.
Em 1498, a única fonte de abastecimento de água potável, na então Vila de Elvas, era o "Poço de Alcalá", junto da Porta do Bispo, na segunda muralha árabe.
O assunto foi levado às Cortes de Évora. Nesse mesmo ano, El Rei D. Manuel, autorizou um imposto que ficou a chamar-se Real d'água" e que consistia no pagamento de um real a mais do que o seu custo, em cada arrátel de carne e de peixe que se comesse em Elvas, e em cada quartilho de vinho que se bebesse, para que com essa verba se começasse a construção do aqueduto.
A sua construção decorreu desde 1529, até à data da sua inauguração (simultânea com a Fonte da Misericórdia) em 23 de Junho de 1622.
Delineado e dirigido apenas por portugueses (os arquitectos da Casa Real Francisco Arruda, Afonso Álvares e Diogo Marques) e erigido apenas por elvenses, é uma obra ímpar no seu género, em dimensões, grandiosidade, beleza e elegância.
A sua extensão, desde a nascente até à Fonte da Misericórdia, é de 7.790 metros e a altura, nos pontos em que as arcadas se sobrepõem em quatro andares, é de 31 metros...


 

NESPEREIRA


A nespereira (Eriobotrya japonica) é uma espécie vegetal da subfamília Maloideae, da família Rosaceae. Apesar do nome, é originária do sudeste da China. Sua fruta, chamada nêspera, também é erroneamente chamada ameixa-amarela no Brasil.
É uma árvore pequena, com uma coroa circular e um tronco curto. Pode crescer até 10 m de altura, mas é geralmente menor. Suas folhas são alternadas, simples, de 10 a 25 cm, verde-escuras, de textura rígida e com a borda serrilhada.
Diferente das demais árvores frutíferas, suas flores aparecem no outono e início do inverno e seus frutos amadurecem no final do inverno e início da primavera. As flores têm cerca de 2 cm de diâmetro, são brancas, com cinco pétalas, produzidas em cachos com três a dez flores.
As frutas da nespereira são ovais, com 3 a 5 cm, com uma casca aveludada e macia de cor amarelo-alaranjada, às vezes rosada. A polpa é suculenta e doce ou ácida, dependendo da variedade e maturação da fruta. Cada fruta contém de 3 a 5 sementes de cor castanha... A casca da nêspera é fina e pode ser facilmente puxada quando a fruta está madura.
A nêspera é comparada à maçã em muitos aspectos, como a presença de alto teor de açúcar, acidez e pectina. É consumida in natura e combina bem com outras frutas frescas ou em saladas de frutas. Por serem mais firmes, as nêsperas quase maduras são melhores para tortas. As frutas também são muito usadas para geléias e são apreciadas em compotas. Um tipo de nêsperas em calda é usado na medicina tradicional chinesa como expectorante para acalmar a garganta. Nêsperas podem também ser usadas para fazer licor ou vinho. As árvores de nêspera são fáceis de crescer e, por isso, elas também são cultivadas como árvores ornamentais.
Como a maioria das plantas relacionadas, a semente e as folhas mais novas são levemente venenosas por conterem uma pequena quantidade de glicósidos cianogénicos que produzem cianeto quando digeridos, mas a pequena concentração e o sabor amargo geralmente previnem que uma quantidade suficiente que possa fazer mal seja consumida.
A nêspera foi introduzida no Japão, onde se adaptou em tempos muito antigos, e tem sido cultivada lá por mais de mil anos. Ela também se adaptou bem na Índia e em muitos outros locais. Acredita-se que os imigrantes chineses levaram a nêspera até o Havaí. Era comum como uma pequena árvore frutífera ornamental na Califórnia em 1870.
O Japão é o maior produtor de nêsperas, seguido de Israel e Brasil; nêsperas também são produzidas na Turquia, Líbano, Grécia, sul da Itália, Portugal, Espanha (onde a maior produção de nêsperas é na cidade Callosa d'en Sarrià), no sul da França e norte da África. A ousada textura da folhagem dá uma aparência tropical ao jardim, contrastando bem com muitas outras plantas.
A nêspera era freqüentemente mencionada na literatura chinesa antiga, como poemas de Li Bai (701-762).
Na região Norte, a fruta também é conhecida por magnório.
Da polpa da nêspera fazem-se excelentes compotas e das sementes fazem-se licores finos.
Antigamente era usada para fins medicinais...
 

PEÇAS EM BARRO PRETO


EMPADAS ALENTEJANAS


Aqui estão as belas das empadas alentejanas, sejam elas degustadas quentinhas, acabadinhas de sair do forno, ou já frias. A única certeza é que sabem sempre bem seja a que hora do dia as decidirem comer...
 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

CASTELO - VILA VIÇOSA


O Castelo de Vila Viçosa, no Alentejo, localiza-se na freguesia da Conceição, na povoação e concelho de Vila Viçosa, Concelho de Vila Viçosa, Distrito de Évora, em Portugal.
Em posição dominante sobre a vila, nas proximidades da vertente nordeste da serra de Ossa, ergue-se sobre uma colina defendida naturalmente pela ribeira de Ficalho e pela ribeira do Carrascal, afluentes menores do rio Guadiana.
Embora não haja informações seguras, a julgar pelo testemunho de lápides encontradas na região, acredita-se que a primitiva ocupação humana deste local remonte à Invasão romana da Península Ibérica. Por ser vizinha à estrada romana que comunicava Évora a Mérida, alguns autores acreditam que essa ocupação de sua elevação tenha sido efectuada por alguma pequena fortificação.

O castelo medieval

À época da Reconquista cristã da península, quando da afirmação da nacionalidade portuguesa, a região foi dominada a partir da conquista de Alcácer do Sal (1217).
Embora não se possa afirmar se uma primitiva povoação foi abandonada e reocupada, ou se o seu povoamento cristão foi tardio, é certo que Vila Viçosa recebeu de D. Afonso III (1248-1279) a sua Carta de Foral, passada em 5 de Junho de 1270. Datará, dessa época, o início da construção de seu castelo, a que seu filho e sucessor, D. Dinis (1279-1325), dará um efetivo impulso, terminando a sua edificação e fazendo erguer a cerca da vila.
No reinado de D.Fernando I (1367-1383), a exemplo do que se fez em diversos castelos do reino, foram feitos importantes melhoramentos na fortificação de Vila Viçosa.
Ao se encerrar a crise de 1383-1385, os domínios de Vila Viçosa integraram a vasta doação feita por D. João I (1385-1433) ao Condestável do Reino, D. Nuno Álvares Pereira, em recompensa pelos serviços prestados.
A vila, por sua vez, passou para o seu neto, D.Fernando, Conde de Arraiolos, por doação em 4 de Abril de 1422. Vindo este a se tornar o 2º Duque de Bragança e estando habituado às planíces alentejanas, não quis instalar-se no Paço de Guimarães. Assim, fez construir no Castelo de Vila Viçosa um paço, elevando esta localidade à categoria de sede do Ducado de Bragança.
O seu filho, D.Fernando, 3º Duque de Bragança, veio porém a ser acusado pelo rei D.João II de traição, pelo que foi degolado em Évora. Em decorrência, a família seguiu para o exílo em Castela, abandonando o castelo de Vila Viçosa, onde residiam.
Uma vez regressados, o duque D. Jaime de Bragança não quis morar no paço ligado à trágica memória do pai e, estando tratado o seu casamento com a fidalga espanhola D. Leonor, filha do Duque de Medina Sidónia, fez construir, em 1501, o actual Paço Ducal, onde passou a residir desde o seu matrimónio, no ano seguinte. Ainda por sua determinação, fizeram-se várias obras no castelo, entre as quais os baluartes/torreões em estilo manuelino e o fosso defensivo...
 

MUSEU DOS COCHES - VILA VIÇOSA


Neste anexo do Museu Nacional dos Coches estão expostas variadíssimas viaturas das quais podemos destacar coches e berlindas do século XVIII pertencentes à Família Real, uma grande variedade de Viaturas de Gala do século XIX e início do século XX, nomeadamente carruagens, landaus, caleças, fétones, milordes, clarences, bourghans, vitórias, uma aranha e uma mala-posta.
No museu pode também encontrar-se diversos carros de caça e de campo que testemunham a actividade da nobreza nas várias quintas, herdades e coutadas de caça.

MUSEU DOS COCHES - VILA VIÇOSA


CASTELO DE VILA VIÇOSA


CENTRO DA CIDADE - ELVAS


PASSOS DA VIA SACRA - ELVAS